segunda-feira, 2 de abril de 2007

Saúde: Milagre e misericórdia do Senhor


Todos nós acordamos pela manhã e mal sabemos como será o desfecho do dia. Aquele que crê no Senhor acorda agradecendo por mais um dia a ser vivido e pede unção ao longo das horas que irão passar.

Nunca saberemos exatamente as contendas que iremos passar, algumas, em virtude de nossos defeitos, procuramos, outras, se apresentam como uma surpresa imensamente desagradável em nossas vidas, como a que vivi e irei descrever agora.

Sempre me apresentei como uma pessoa saudável, sem ter nenhum sintoma de algum mal dos quais hoje, infelizmente, vemos na humanidade.

Um belo domingo, dia 23 de julho de 2006, me arrumando para sair com a minha filha, de 3 anos, sinto subitamente uma forte dor de cabeça, que de tão intensa foi roubando os meus sentidos e desmaiei no corredor de minha casa.

A família vendo aquela situação horrível e inesperada foi tomando a providência de sair em busca de socorro, levando-me a um hospital. Lá, graças a Deus, fui tendo logo um livramento ao encontrar desocupado um neurologista de plantão, que notou ser um quadro neurológico grave. Solicitando assim minha transferência para outro hospital.

A enfermidade súbita que me ocorreu, foi uma Aneurisma Cerebral, que se caracteriza pelo rompimento de um coagulo, em alguma artéria ou veia no cérebro, podendo gerar a morte repentina, ou posterior, ou ainda em caso de sobreviver após a crise, o indivíduo pode ficar com graves seqüelas.

Tal enfermidade é congênita, mas não hereditário, se dar por uma má formação e a doença vai se formando ao longo dos anos, por ter uma condição pré-existente. O rompimento pode ocorrer ou não, depende do quadro e das situações vividas por cada pessoa.

Continuando, após ter sido transferida, passei por exames minuciosos para identificar o local exato atingido, ter precisão da minha situação clínica e assim proceder a uma cirurgia.

Mesmo após a crise, mantive uma boa lucidez e logo depois da cirurgia, no dia 25/07/2006, também apresentava uma situação clínica boa, mas na madrugada da quarta-feira para a quinta (dia 27/07), o quadro agravou, em virtude do edema na região.

Em casos cerebrais não há como limpar a hemorragia cerebral, o organismo é quem se encarrega de tirar, e incluindo também o processo cirúrgico, gerando assim um edema grave me deixando em coma por 25 dias.

Foram longos e sofridos dias, para mim, mas não via nem acompanhava nada, já a minha família que presenciou tudo, sofrendo e de mãos atadas só restava orar ao Senhor e clamar por socorro.

Os momentos de sofrimento foram inúmeros, a tentativa de me acordar e obter um bom resultado, na primeira vez não foi vitoriosa.

Só restava realmente pedir salvação a Deus.

Em virtude da situação clínica, houve momento em que fui mantida sob ar condicionado muito frio e com partes do corpo coberto por gelo, para que o organismo trabalhasse lentamente e o cérebro fosse se recuperando aos poucos.

Quem me via saia chocado e sem esperanças, sem acreditar mais em meu retorno.
Os médicos acompanhavam tudo, mas sem dar nenhuma palavra de conforto ou esperança. Até que um dia, depois de acompanhar a evolução da melhora chegaram a um consenso clínico e determinaram um dia de início para retirada, aos poucos, da medicação que me mantinha em coma, esperando assim que eu acordasse e estivesse bem.

Graças a Deus em uma madrugada, quase pela manhã eu fui acordando e dando sinais de lucidez. Toda a equipe médica e enfermeiros ficaram contentes e surpresos com aquele milagre, porque no estado em que fiquei só Deus poderia operar.

O alívio maior foi constatar que não havia ficado com seqüelas.

Vejam meus irmãos e acreditem, a obra de Deus é tão completa e tão misericordiosa que nada de negativo ou de ruim é deixado em nossa vida.

Sou muito grata a Deus pela piedade que ele teve comigo, porque todos nós somos falhos e cometemos erros, mas ele que nos ama imensamente, não olha os nossos defeitos, estende sua mão e nos abraça e ajuda com amor.


Que Deus abençoe a todos!
Ana Carolina de Albuquerque e Silva


Palavras de meditação:

Salmo 103
– versículo 1 ao 6
Salmo 118 – versículo 8
Lamentações 3 – versículo 22 ao 26
Deuteronômio 31 – versículo 8
Romanos 8 – versículo 37 ao 39

Um comentário:

Adriana Pedreca disse...

Irmã Ruthe,

Estamos enfrentando uma sitação muito parecida com a que você passou, tenho minha "2º Mãe" em um leito de hospital com aneurisma.

O seu testemunho edifica as nossas vidas e reforça nossa fé.

Peço que os irmão nos ajudem em oração

Amém e Obrigada

Adriana Pedreca


Orar por: Clarice Pedreca de Almeida